O contra-baixo elétrico (ou apenas baixo elétrico) é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica, maior em tamanho e com um som mais grave. Também é muito relacionado e inspirado no Contra-Baixo Clássico. É usado por diversos estilos musicais, indo do Rock n' Roll ao Disco, e nos ritmos brasileiros possui uma importância significativa, como no axé e no forró;
Características e História
Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um autofalante. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.
O primeiro baixo-elétrico a ser produzido em massa foi desenvolvido por Leo Fender, o conhecido fabricante de guitarras. A mudança do formato do instrumento, para algo parecido com uma guitarra e a utilização de trastes facilitaram seu uso. O primeiro Fender Precision Bass foi vendido em 1951. Outro modelo lendário, o Fender Jazz Bass foi lançado em 1960.
Em seguida, outras companhias como a Gibson, a Danelectro e várias outras começaram a produção de seus modelos próprios de baixos elétricos. Isso permitiu aos baixistas variar os sons e o visual para adequar às suas bandas. Este trabalho continuou, e muitas outras companhias e luthiers continuaram o trabalho de Leo Fender.
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Design
O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por exemplo:
Número de cordas (e afinação):
Como o modelo original de Leo Fender, que tinha 4 cordas afinadas em EADG, ou algumas vezes em DADG)
Cinco cordas (geralmente BEADG, podendo em alguns casos ser EADGC)
Seis cordas (geralmente BEADGC, mas EADGBE também tem sido usado)
Mais de 6 cordas
Baixo Tenor - ADGC
Baixo Piccolo - eadg (uma oitava acima da afinação normal)
Captadores:
Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente pode-se encontrar:
Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento
Sistemas não magnéticos, como "piezos" ou sistemas "Lightwave", que permitem ao baixista usar cordas não metálicas
Formato e cor do instrumento:
Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do instrumento a efeitos visuais muito interessantes
Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)
Trastes:
Com trastes (Fretted) - como a maioria das guitarras
Sem trastes (Fretless) - como a maioria dos Contra-Baixos
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Estilos
Como qualquer instrumento, o baixo elétrico pode ser tocado em um diverso número de estilos. Baixistas como Paul McCartney têm um estilo mais melódico, enquanto Les Claypool da Primus e Flea do Red Hot Chili Peppers têm um estilo mais "funky", usando muito da técnica do slap and pop, que é dar um "tapinha" na corda com o polegar e dar um estalo ao soltar outra corda. Alguns artistas, como Pino Palladino, usam um baixo fretless (sem trastes) para um som mais "abafado". Jaco Pastorius foi o responsavel pela popularização do fretless, nos anos 70.
Larry Graham introduziu o método do "slap and pop" nos anos 60. Seu som ficou conhecido principalmente em 1970, com a música "Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)". Nos anos 70, Stanley Clarke desenvolveu a técnica de Graham, deixando o método mais parecido ao que é feito atualmente. Hoje em dia Marcus Miller e Victor Wooten são dois dos principais baixistas que usam esse estilo de tocar.
A maioria dos baixistas tocam suas notas com os dedos, mas alguns preferem o uso de palhetas. Isto varia entre os gêneros musicais. Muitos poucos adeptos do estilo "funky" usam palhetas.
Técnicas
Slap
A técnica surgiu por volta de 1961, quando Larry Graham estava em uma sessão de gravação em estúdio e, momentaneamente, ficou sem baterista. Ele então começou a bater e puxar as cordas, na tentativa de imitar o som do bumbo e da caixa...
Consiste em percutir e puxar as cordas usando o polegar e os outros quatro dedos da mão direita (ou esquerda, para canhotos).
Pizzicato
O pizzicato é a técnica mais usada, mais parecida com a usada em contra-baixos clássicos em shows de jazz. Certo dia, em 1911, Bill Johnson, que tocava contrabaixo (com arco) na Original Creole Jazz Band, teve o arco quebrado. Não tendo outro à mão, Bill tratou de tocar dedilhando as cordas com os dedos da mão direita. O resultado agradou tanto que desde então (quase) nunca mais se usou o arco para tocar esse instrumento. Usa-se(normalmente) os dedos indicador e médio para atacar as cordas, podendo-se utilizar tambem o anelar (muito usado em músicas rápidas, como o heavy metal) e o dedo mindinho, alguns poucos contrabaixistas usam o dedão para cima e para baixo, como uma palheta, porém é uma técnica usada por poucos.
Tapping - Two hand
Utiliza-se as duas mãos para tocar , fazendo a base e a melodia. Muito usado por Stu Hamm e Victor Wooten em seus solos.
Fretless
A técnica para fretless é bem diferente do contra-baixo acústico e muito semelhante ao baixo-guitarra, tocando-se com dois, tres ou quatro dedos da mão direita. Seu som produz um sustain longo e pronunciado e tem um timbre parecido com o do acustico. Para estilos musicais mais vintage, folk, recomenda-se cordas flatwound e para funk e ritmos mais modernos a partir dos anos 80, cordas roundwound, onde pode se aplicar tambem o slap em lugar do pizzicatto.
Por se tratar de um instrumento não temperado (Não tem trastes para definir a altura das notas na escala), a técnica consiste em treinar o ouvido pra que as notas saiam afinadas, e aumentar a precisão dos dedos da mão esquerda para que o som saia mais limpo. Se não houver marcação na régua, basta soar a corda "E" e a "A" e glissar até que soem iguais. A partir daí se tira as terças as quartas as quintas e as outras notas da escala.
ASS:Ivan Andrade
Baixistas Influentes
Dee Dee Ramone - Baixista influente do punk, desenvolveu uma técnica revolucionária para a época, que consiste em tocar rápido em conjunto com a guitarra e a bateria, e que é muito utilizada até hoje.
Mauro Sérgio Villanacci (baixista do Primos da Invenção - técnica de velocidade extrema no baixo elétrico
Chico Gomes - Inventor da tecnica do triplo dominio.
Os baixistas a seguir são alguns dos que contribuiram para o desenvolvimento do baixo elétrico:
Chris Squire - Virtuosidade e ténicas apuradas com ênfase a sonoridades melódicas e surrealistas no estilo rock progressivo (Yes)
Nico Assumpção - Grande Baixista em todos os sentidos, usava varias técnicas em seus solos, seu máximo virtuosismo tanto no elétrico como no acústico - "... sua perfeita articulação, solos rápidos e uma sonoridade cristalina"- Richard Johnston / Bass Player.
Arthur Maia - Fera da MPB, tocou com grandes nomes como Lulu Santos e Gilberto Gil.
Dadi - da Cor do Som, com sua pegada precisa encantou e mostrou a força da habilidade brasileira na mistura de ritmos, no Festival de Jazz de Montreaux.
Abraham Laboriel - Grandes solos, criatividade, slaps incríveis.
Celso Pixinga - Brasileiro, domina com facilidade o instrumento, inspirou uma legião de baixista no seu país.
Jaco Pastorius - Revolucionou a técnica do contra-baixo elétrico. Jazz, Funk, Fusion, foi pioneiro no uso de harmônicos e baixo fretless.
John Patitucci - Baixista americano, utiliza muito baixo de seis cordas e double-bass.
Flea (Michael Balzary) - Red Hot Chili Peppers - Suas principais características que admiradores descrevem são o swing, a pegada e a precisão. Eleito como o melhor baixista dos anos 90.
Twiggy Ramirez (Jeordie White) - Marilyn Manson
Duca Tambasco - Um dos melhores baixistas de rock do Brasil
Jack Bruce (Vocalista na Cream) - Pioneiro nas linhas melódicas
Stanley Clarke - Foi a semente do "Jazz Fusion", nos anos 70, revolucionou o slap
Moog (Rodrigo) - Usa Fretless, tecnicas de slap, two hands, grande baixista de funk, acid jazz, etc...
Les Claypool - Muito slap em suas músicas excêntricas.
Mike Rutherford - da banda Genesis, grande habilidade, velocidade e harmonia nas suas criações.
Greg Lake - Emerson, Lake & Palmer, com seu som pesado, alternando para a linha melódica e acima de tudo progressiva.
Jesús Gabaldón - Baixo de 5 cordas
John Deacon - Queen - Considerado um dos maiores baixistas do mundo, usava um baixo mais leve que se adequava perfeitamente à sonoridade do Queen.
John Entwistle - Eleito o Baixista do Milenio, com velocidade e tecnica ate entao nao vistas no mundo do rock.
John Myung - Músico de técnica apurada, velocidade e criatividade excepcional, integrante da Banda Dream Theater.
Larry Graham - Criador da técnica do slap
Stu Hamm - Adepto do "two hand tapping", tocou com Joe Satriani
Steve Lawson - Explorou novas tecnologias para solos
Phil Lesh - Influências clássicas no Rock, Improvisação
Patrick Laplan - Ex-Los Hermanos e Rodox, atual free lance Biquini cavadão
Michael Manring - Trabalho invovador com diversas afinações alternadas
Geddy Lee - Virtuosidade e ténicas apuradas no estilo rock progressivo, metal e pop
Paul McCartney - Linhas melódicas
Marcus Miller - Trabalhou com grandes nomes do jazz, como Miles Davis
Pino Palladino - Baixo fretless
James Jamerson (The Funk Brothers) - Velocidade, precisão e complexidade em suas linhas
Steve Harris - É conhecido pela sua pegada e velocidade, expandiu a famosa técnica da "cavalgada"
Tom Petersson - Baixo de 12 cordas
Bootsy Collins - Pioneiro no "funky"
Francis "Rocco" Prestia - Grooves fantásicos em semi-colcheias, "ghost notes", sincopes e um pulso percusivo realmente cativante.
Victor Wooten - Virtuosi e mestre no slap, técnica a qual explora ao máximo e aperfeiçoou com uma "nova técnica" de slap.
Cliff Burton - Baixista do Metallica, reconhecido pelo feeling, técnica e solos com extrema distorção com o uso de wah-wah.
Marcos Valente Junior - Baixista brasileiro de MPB e Jazz - desenvolveu o primeiro Baby Bass brasileiro (baixo acustico sem caixa harmonica)e seu sistema de captação piezo-elétrico instalado na ponte, em parceria com o Luthier GermanoM. Veja em http://www.germanom.com/
Gene Simmons - Baixista do Kiss
Ryan Martinie - Baixista dos Mudvayne
Verdine White - Com seu grupo Earth Wind & Fire ele é considerado um dos baixistas mais criativos de funk do planeta com linhas sensacionais.
Mark Hoppus - ex-baixista do Blink 182 e baixista do Plus 44
Garrafinha - Baixista da banda Potiguar de Punk Rock Bubblegum - FLIPERAMA.
Fabricantes
Alembic
Carvin
Carl Thompson
Condor
Cort
Danelectro
Esp Guitars
Ernie Ball
Fender
Fodera
G&L
Gibson
Golden
Groovin
Hamer (conhecido pelos baixos de 12 cordas)
Höfner
Ibanez
Ken Bebensee
Ken Smith
Musicman
Pedulla
Rickenbacker
Rob Allen
Sadowsky
Tobias
Wal
Warwick (guitar)
Washburn
Yamaha Corporation
Jackson
B.C. Rich
Condor
Tagima
Strinberg
Crafter
Warwick
1 comentários:
bacana, bem informativo, gostei do tópico sobre design
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